O governo foi pródigo em queda de juros e renúncias fiscais em 2012,
administradas como adrenalina à economia. Mas o fortificante teve como
um dos efeitos colaterais a escalada inflacionária.
O governo, para tentar esfriar o bafo do dragão, foi
de cortar o preço da tarifa de energia elétrica a zerar de impostos a
cesta básica. Os dois vermífugos não foram sentidos na macroeconomia: o
dragão continua bufando e os produtos da cesta básica, paradoxalmente,
aumentaram. Já se fala em jogar água fria nas faíscas dando uma
“subidinha” nos juros .
Mas quem está mesmo em
maus lençóis é a Eletrobras que, tendo de bancar a parte que lhe cabe da
redução tarifária, fechou 2012 com o maior prejuízo da sua história: R$
6,8 bilhões, depois de ter lucrado R$ 3,7 bilhões em 2011.
Foi
a própria Eletrobrás quem comunicou, oficialmente, aos seus acionistas
que “o resultado foi fortemente afetado pela MP 579, transformada na Lei
12.783/2013".
A MP 579, de setembro de 2012, depois transformada na Lei 12.783/2013, foi que determinou a redução das tarifas.
Eu
tenho dito: ou o governo para de fazer puxadinhos com a economia e
cuida de bater estacas sobre o pântano para erguer o prédio, ou a
macroeconomia vai viver resfolegando no lodo.
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