terça-feira, 16 de abril de 2013

Se ao correr o bicho pega e em ficando o bicho come, é melhor enfrentar o bicho

O governo foi pródigo em queda de juros e renúncias fiscais em 2012, administradas como adrenalina à economia. Mas o fortificante teve como um dos efeitos colaterais a escalada inflacionária. 

O governo, para tentar esfriar o bafo do dragão, foi de cortar o preço da tarifa de energia elétrica a zerar de impostos a cesta básica. Os dois vermífugos não foram sentidos na macroeconomia: o dragão continua bufando e os produtos da cesta básica, paradoxalmente, aumentaram. Já se fala em jogar água fria nas faíscas dando uma “subidinha” nos juros . 

Mas quem está mesmo em maus lençóis é a Eletrobras que, tendo de bancar a parte que lhe cabe da redução tarifária, fechou 2012 com o maior prejuízo da sua história: R$ 6,8 bilhões, depois de ter lucrado R$ 3,7 bilhões em 2011. 

Foi a própria Eletrobrás quem comunicou, oficialmente, aos seus acionistas que “o resultado foi fortemente afetado pela MP 579, transformada na Lei 12.783/2013". 

A MP 579, de setembro de 2012, depois transformada na Lei 12.783/2013, foi que determinou a redução das tarifas.
Eu tenho dito: ou o governo para de fazer puxadinhos com a economia e cuida de bater estacas sobre o pântano para erguer o prédio, ou a macroeconomia vai viver resfolegando no lodo.

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