sexta-feira, 7 de outubro de 2011

USP entre as 200 melhores universidades do mundo


A revista semanal britânica Times Higher Education (THE) divulgou, hoje, o seu ranking anual das 200 melhores universidades do mundo.

No ranking de 2010 nenhuma universidade brasileira foi listada. Este ano houve um progresso: há uma única brasileira no ranking. Trata-se da Universidade de São Paulo (USP), que aparece na 178ª posição.

A liderança continuou com os EUA. A surpresa foi que a Universidade de Harvard, há vários anos em 1° lugar na lista, passou para a segunda colocação, subindo para a primeira o California Institute of Technology (Caltech), que sempre aparecia em segundo.


Clique no link abaixo para ver a lista das 200 melhores universidades do mundo.


http://www.timeshighereducation.co.uk/world-university-rankings/2011-2012/top-400.html

Nobel da Paz vai para três mulheres

A Academia Sueca, que nomina os prêmios Nobel, decidiu este ano escolher três mulheres para dividir o Prêmio Nobel da Paz:



Tawakkul Karman:
Jornalista e mãe de três filhos, Tawakkul Karman nasceu em Taiz, cidade no Sul do Iêmen que é um dos berços da resistência ao governo de Ali Abdullah Saleh. 

Hoje, aos 32 anos, ela vive em Sanaa, de onde lidera o grupo de defesa de direitos humanos Jornalistas Mulheres sem Correntes. Ela chegou a ser presa, em janeiro, e se tornou agora a primeira mulher árabe a ganhar o Nobel da Paz.
Sua prisão, no dia 23 de janeiro, em sua casa, provocou protestos no país, onde é raro ver mulheres na cadeia. Ela terminou sendo solta no dia seguinte. 
Entre os manifestantes, Tawakkul passou a ser chamada de "mulher de ferro", "mãe da revolução" e "espírito da revolução".
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Leymah Gbowee:
Uma das ações mais conhecidas de Leymah Gbowee foi o protesto que reuniu milhares de mulheres, em Monrovia, em novembro de 2003, três meses depois do fim da guerra civil na Libéria. Elas pediam o desarmamento de combatentes que, depois do acordo de paz para encerrar o conflito interno, ainda estupravam mulheres e crianças de todas as idades.

Mãe de seis filhos, Leymah trabalhou com liberianos que, quando crianças, lutaram como soldados de Charles Taylor. Depois do fim da guerra civil, ela se tornou líder da Comissão da Verdade e Reconciliação da Libéria.

Premiada internacionalmente, ela é desde 2006 a diretora-executiva da Rede Paz e Segurança - África, organização que trabalha com mulheres em Libéria, Costa do Marfim, Nigéria e Serra Leoa. Atualmente, ela vive em Acra, capital de Gana.

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Ellen Johnson-Sirleaf:
Antes de chegar a cargos no Banco Mundial e na ONU e à presidência da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf trabalhou como faxineira e garçonete nos EUA para conseguir estudar no país. Mestre em administração pública pela Universidade de Harvard, sua trajetória inclui uma passagem pela prisão e o exílio no exterior.

Dois anos depois da rebelião de 2003 que levou à fuga do ex-presidente liberiano Charles Taylor, Ellen assumiu a presidência de um país sem estradas, sistema de fornecimento de água e de eletricidade, e Exército. 

Ex-ministra das Finanças nos anos 1970, ela prometeu então grandes mudanças: renovar a capital, melhorar o abastecimento de água e levar as crianças para as escolas.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Greve dos Correios atrasa entrega de 136 milhões de correspondências

Com greve, Correios fizeram novo mutirão no fim de semana.

TST faz audiência de conciliação entre empresa e grevistas nesta terça.


Com 20% dos 110 mil trabalhadores em greve, os Correios organizaram mais um mutirão no último fim de semana e distribuíram 13 milhões de cartas e encomendas no país. Outros 22 milhões de objetos postais passaram pela triagem e foram preparados para a entrega.

Apesar do mutirão, há 136 milhões de correspondências em atraso, de acordo com a ECT, o equivalente a cerca de 35% da carga total.
Desde que a greve começou, no dia 14 de setembro, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) organiza nos fins de semana mutirões com empregados das áreas operacional e administrativa para acelerar a entrega do material acumulado.
Os Correios oferecem aumento linear de R$ 80 a todos os empregados, reajuste salarial e dos benefícios em 6,87% e abono de R$ 500, proposta rejeitada pelos trabalhadores.
Por não conseguirem chegar a um acordo, a ECT levou o caso ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), e, nesta terça-feira, representantes dos grevistas e da direção dos Correios terão uma audiência de conciliação marcada para as 13h.
Os Correios buscarão a conciliação com os grevistas por meio do Tribunal Superior do Trabalho (TST), divulgou nesta sexta-feira (30) a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Os funcionários estão em greve desde o dia 14 de setembro.
De acordo com nota dos Correios, no TST, ambas as partes terão, novamente, mais uma oportunidade de finalizar um acordo, em audiência de conciliação, com a mediação judicial. O pedido feito pelos Correios tentam por fim à greve. A estatal quer ainda que a paralisação seja considerada pela Justiça como “abusiva”.
O processo está no gabinete da vice-presidente do TST, ministra Cristina Peduzzi. Está marcada para a próxima terça-feira (4) uma reunião de conciliação entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e a direção dos Correios.
No pedido feito ao TST, os Correios argumentam que a paralisação é um “movimento atentatório à ordem pública” e tegria com “nítido conteúdo político-ideológico”.A estatal pede ao TST que, se a greve for suspensa, seja estabelecida uma multa de R$ 100 mil por dia no caso de descumprimento. Se a Justiça decidir manter a paralisação, os Correios pedem que o Tribunal obrigue os sindicatos da categoria a garantir o percentual de 70% de empregados trabalhando em cada uma das unidades operacionais da empresa, como agências postais, terminais de cargas e garagens e centros de triaem. O percentual mínimo de trabalhadores em atividade nos momentos de greve é estabelecido por lei.
Nesta quinta-feira (29), os Correios apresentaram uma proposta para por fim à paralisação que incluía desconto de um dia de greve por mês, aumento linear de R$ 80 (a partir de janeiro de 2012), reajuste salarial de 6,87% e abono de R$ 500. A proposta foi rejeitada pela categoria.
“Os Correios, depois de esgotar todas as tentativas diretas de acordo com a representação dos trabalhadores, não encontraram outra alternativa a não ser propor a conciliação junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST)”, diz nota dos Correios.

O diretor da Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentec), José Gonçalves de Almeida afirmou que os trabalhadores ainda não foram notificados oficialmente sobre a decisão dos Correios, mas que já estão sabendo que será marcada a conciliação no TST.  “Ainda não sabemos o dia da conciliação, mas nós iremos”, afirmou.
Acordo

Em entrevista no Ministério das Comunicações na quinta-feira (29), o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, disse que esperava um acordo com os grevistas ainda ontem.
De acordo com o ele, o total de entregas atrasadas por conta da paralisação equivalia, até quinta, a cerca de quatro dias de trabalho. Para normalizar a entrega, a ideia é que os funcionários façam horas extras e também mutirões neste e no próximo final de semana.
O ministro Paulo Bernardo disse que os Correios terão que descontar pelo menos seis dias dos trabalhadores em greve. O restante dos dias, disse o ministro, poderia ser compensado com horas extras para regularizar as entregas atrasadas.
O pagamento das horas extras, segundo Bernardo, é o único impasse que impede o fim da paralisação. Ele afirmou que a Fentect aceitou a proposta dos Correios de aumento real de R$ 80, a ser pago a partir de janeiro, além de um abono de R$ 500 que seria pago agora.

Lei garante recursos a novas creches que Fundeb não atende


As novas creches e pré-escolas receberão recursos do Ministério da Educação até que passem a ser atendidas pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o que só acontece depois de incluídas no Censo Escolar, ou seja, no ano seguinte à sua criação. A lei 12.499, publicada na sexta-feira passada, 30, no Diário Oficialda União, autoriza a União a transferir recursos aos municípios e ao Distrito Federal para prestar apoio financeiro à manutenção de novos estabelecimentos públicos de educação infantil.

Podem receber os recursos creches e pré-escolas construídas com recursos de programas federais, que estejam em funcionamento. O MEC dispõe de R$ 88 milhões para as ações de custeio.

Segundo o diretor de apoio aos sistemas públicos de ensino e promoção da infraestrutura física e tecnológica do MEC, Romeu Caputo, a transferência será feita rapidamente e a lei determina a cobertura do lapso de tempo entre a inauguração da escola e o repasse de recursos federais. 

“A prefeitura construía a creche e a pré-escola e passava a atender essas crianças, mas não tinha como declará-las no Censo Escolar e só vinha a receber os recursos no ano seguinte.”Em breve, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicará resolução que informará o procedimento necessário para o cadastramento das novas creches e pré-escolas no sistema do Ministério da Educação.

Fonte: MEC