sábado, 3 de dezembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O preço da honra perdida


A moça da foto é Gulnaz, uma jovem afegã de 21 anos que foi estuprada pelo seu cunhado quando ela tinha 19 anos.

Por ter tido conjunção carnal com um homem casado, mesmo tendo sido estuprada, Gulnaz foi condenada a 12 anos de prisão por ter protagonizado um adultério. O cunhado, que a estuprou, não está sujeito à pena alguma.

Após dois anos cumprindo a pena, Gulnaz resolveu aceitar casar-se com o cunhado (no Afeganistão, como na maioria dos países islâmicos, o homem pode ter mais de uma esposa).

No Afeganistão, a única forma de uma mulher estuprada recuperar a honra perdida com um estupro, é casando-se com quem a estuprou.

A história foi contada pela CNN.



"New Yorker" tenta explicar fenômeno Brasil


A “The New Yorker”, revista que leem os nova-iorquinos ricos e famosos, brinda a presidente Dilma Rousseff com um artigo sobre o seu governo, trazendo uma despojada ilustração de sua excelência na matéria.

Nicholas Lemann, autor da reportagem “The Anointed” (A Ungida) desfila pela vida da presidente desde a sua oposição ao regime militar.

Nos dias atuais Lemann passeia pelos recentes escândalos que apearam seis ministros da Esplanada, deixando no ar o protagonismo da presidente nos episódios: “Ninguém acredita que Dilma é corrupta, mas, ela trabalhou por anos com algumas das pessoas que foram demitidas (por corrupção)”, declara.
A reportagem observa que “o Poder Executivo, no Brasil, detém mais poderes, é mais concentrador que nos EUA e é muito mais corrupto”, emendando que o Brasil é “caoticamente democrático, mas, tem uma imprensa livre.”.

Lemann tem razão na análise: o Capitólio não concede ao presidente 1% de margem de manobra no orçamento e, se Mr. President quiser mudar de lugar a dotação orçamentária do cafezinho da Casa Branca, tem que pedir autorização ao Congresso.

O Estado norte-americano é mínimo, por isto a corrupção é menor. Há estudos de gestão (os melhores são feitos na Alemanha) que conseguem desenvolver fórmulas de equilíbrio entre o tamanho do Estado (não me refiro a tamanho territorial) e o percentual de corrupção que ele embarca.

Voltando a matéria, Lemann faz ótimas referências à gestão da economia brasileira. Afirma que 28 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza nos últimos 10 anos, que o país tem orçamento equilibrado, dívida e inflação baixas e atinge quase o pleno emprego.

Ao fim, Lemann descamba para os aspectos negativos do Brasil: “a criminalidade é alta, as escolas são fracas e as estradas são ruins.”.

O pessoal que rotula a imprensa, ao ler a matéria de Lemann, vai ficar na dúvida para saber se a “The New Yorker” é do tal “PIG”, ou é o que o Zé Dirceu procura: uma revista de esquerda que fale bem do governo.

Asseguro-lhes que a revista não se faz à Leste e nem a Oeste: à guisa de ser independente, ela navega por todos os pontos cardeais da rosa dos ventos, para agradar tanto os gregos quanto os troianos, ou seja, republicanos e democratas, não necessariamente nesta ordem.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Mais de 60% dos eleitores rejeitam divisão


Duas semanas após o início da propaganda do plebiscito em TV e rádio, a maioria dos eleitores do Pará continua rejeitando a divisão do Estado. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta , 62% dos eleitores paraenses são contra a divisão do Pará para a criação do Estado do Carajás e 61% são contra a criação do Estado do Tapajós.

Em relação à pesquisa anterior, divulgada no último dia 11, houve um pequeno aumento da rejeição aos novos Estados. A oscilação, porém, está dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Foram entrevistados 1.015 eleitores entre os dias 21 e 24 de novembro. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 50.287/2011.

A propaganda do plebiscito na TV e no rádio ainda não foi capaz de causar alterações significativas nas intenções de voto dos eleitores paraenses. Em 11 de dezembro, eles irão às urnas decidir se querem que o Pará se separe e dê origem a mais outros dois Estados: Carajás (sudeste) e Tapajós (oeste).

Na região do chamado Pará remanescente está a maior resistência aos novos Estados: 85% são contra o Carajás e 84% são contra o Tapajós. A aprovação à divisão caiu até mesmo entre os eleitores das regiões que querem se separar. No Carajás, 78% se dizem a favor do novo Estado, uma queda de seis pontos em relação ao último levantamento. No Tapajós, 74% são favoráveis ao novo Estado, uma oscilação negativa de três pontos.

Fonte: Correio do Brasil.

Não ao Nazismo, ao Facismo e a qualquer forma de preconceito e intolerância

Mussolini e Hitler
Fascismo e Nazismo, expoentes máximos
do preconceito e da intolerância.

A liderança do PT na Câmara dos Deputados anunciou nesta sexta-feira 25 que vai enviar uma representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa para pedir a cassação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

O pedido baseia-se nas declarações consideradas preconceituosas feitas pelo deputado no plenário da Câmara um dia antes, quando ele sugeriu que a presidenta Dilma Rousseff seria homossexual e pediu que ela explicasse os motivos que a levam a defender as políticas federais contra a homofobia.

“É um caso grave e merece a análise da Casa para a cassação do mandato. Ele é reincidente”, disse o líder petista na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP).

Em nota, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, repudiou a manifestação de Bolsonaro afirmando que ele agiu “com total desrespeito à pessoa da presidenta Dilma Rousseff”.

“O PT reafirma com orgulho suas bandeiras históricas contra qualquer tipo de discriminação e preconceito. Esta deve ser uma luta permanente de toda a sociedade que se queira democrática, tolerante e que respeite as diferenças, como, aliás, é da tradição cultural brasileira”, diz a nota.

O deputado Marcon (PT-RS) pediu para que a fala de Bolsonaro fosse retirada do site da Casa, o que acabou acontecendo. “O deputado é reincidente na quebra de decoro parlamentar. Está passando da hora de a Câmara adotar providências, dando um basta a essas agressões que não condizem com o processo civilizatório, com o papel de um parlamentar e tampouco com a democracia”, disse Marcon.

“O deputado direitista tem saudades dos anos de chumbo da ditadura militar e não se conforma com o fato de Dilma ser a comandante das Forças Armadas”, completou.

Distúrbio psíquico – Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), o caso de Bolsonaro indica evidências de distúrbio psíquico.

“Ele tem uma fixação em temas relacionados à orientação sexual que não é supostamente a dele e chega e beirar um quadro clínico. Nos deixa imaginar que tem algo mal resolvido nesta área, possivelmente necessita de tratamento clínico”, disse Ferro.

O parlamentar do PT observou que a atitude de Bolsonaro no plenário, a fazer insinuações contra a presidenta Dilma Rousseff, constitui violação à conduta ética e parlamentar. Bolsonaro, conforme lembrou Ferro, já foi alvo de outras ações por suas manifestações de intolerância a pessoas, grupos sociais e instituições.

Uma delas foi quando, em entrevista ao programa CQC, da Bandeirantes, fez ataques contra homossexuais e à cantora Preta Gil – dizendo, por exemplo, que seus filhos não corriam o risco de se apaixonar por negras porque foram “muito bem educados”.

“Ele já passou dos limites, precisa ser punido pela Câmara”, disse Fernando Ferro. Ele afirmou que a Constituição assegura a livre manifestação de opinião, mas há limites. “Não se pode pregar a pena de morte, a intolerância religiosa e sexual, entre outros temas que contrariam as convenções assinadas pelo Brasil em favor da proteção e promoção dos direitos humanos”, disse o parlamentar.

Divisão do Pará - A síndrome do cobertor curto.


A razão pela qual as regiões de Tapajós e de Carajás estão abandonadas é a mesma pela qual fica difícil a separação.

Os eleitores do Pará remanescente são o dobro dos eleitores das duas outras regiões, isso explica tudo.

A ironia é que quando o número de eleitores se equiparar, não vai dar mais tempo de reparar o estrago e a divisão será feita.

Por outro lado, como o Pará é o segundo Estado mais pobre da união, se o governo investir mais (do que sobrar após a corrupção ter retirado o seu quinhão), em Tapajós e Carajás, vai perder apoio e votos no Pará remanescente.

É a síndrome do cobertor curto, já que os governos não querem reduzir a corrupção, para cobrir uma parte, tem que descobrir a outra (ou as outras).