sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Nobel da Paz vai para três mulheres

A Academia Sueca, que nomina os prêmios Nobel, decidiu este ano escolher três mulheres para dividir o Prêmio Nobel da Paz:



Tawakkul Karman:
Jornalista e mãe de três filhos, Tawakkul Karman nasceu em Taiz, cidade no Sul do Iêmen que é um dos berços da resistência ao governo de Ali Abdullah Saleh. 

Hoje, aos 32 anos, ela vive em Sanaa, de onde lidera o grupo de defesa de direitos humanos Jornalistas Mulheres sem Correntes. Ela chegou a ser presa, em janeiro, e se tornou agora a primeira mulher árabe a ganhar o Nobel da Paz.
Sua prisão, no dia 23 de janeiro, em sua casa, provocou protestos no país, onde é raro ver mulheres na cadeia. Ela terminou sendo solta no dia seguinte. 
Entre os manifestantes, Tawakkul passou a ser chamada de "mulher de ferro", "mãe da revolução" e "espírito da revolução".
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Leymah Gbowee:
Uma das ações mais conhecidas de Leymah Gbowee foi o protesto que reuniu milhares de mulheres, em Monrovia, em novembro de 2003, três meses depois do fim da guerra civil na Libéria. Elas pediam o desarmamento de combatentes que, depois do acordo de paz para encerrar o conflito interno, ainda estupravam mulheres e crianças de todas as idades.

Mãe de seis filhos, Leymah trabalhou com liberianos que, quando crianças, lutaram como soldados de Charles Taylor. Depois do fim da guerra civil, ela se tornou líder da Comissão da Verdade e Reconciliação da Libéria.

Premiada internacionalmente, ela é desde 2006 a diretora-executiva da Rede Paz e Segurança - África, organização que trabalha com mulheres em Libéria, Costa do Marfim, Nigéria e Serra Leoa. Atualmente, ela vive em Acra, capital de Gana.

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Ellen Johnson-Sirleaf:
Antes de chegar a cargos no Banco Mundial e na ONU e à presidência da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf trabalhou como faxineira e garçonete nos EUA para conseguir estudar no país. Mestre em administração pública pela Universidade de Harvard, sua trajetória inclui uma passagem pela prisão e o exílio no exterior.

Dois anos depois da rebelião de 2003 que levou à fuga do ex-presidente liberiano Charles Taylor, Ellen assumiu a presidência de um país sem estradas, sistema de fornecimento de água e de eletricidade, e Exército. 

Ex-ministra das Finanças nos anos 1970, ela prometeu então grandes mudanças: renovar a capital, melhorar o abastecimento de água e levar as crianças para as escolas.

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