quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UNE: notas frias, restaurantes de luxo e bebidas importadas


No passado está o notável idealismo da União Nacional dos Estudantes (UNE), quando enfrentou a ditadura de Vargas e se bateu contra o regime militar, época em que teve a sua sede, no Rio de Janeiro, incendiada.

Hoje a UNE, para assalariar-se com ordenados governamentais, corteja quem estiver de plantão no Palácio: em dezembro de 2010 recebeu do ex-presidente Lula um cheque de R$ 30 milhões para reerguer a sede, embora, até o momento, não tenha posto a mão em um grama de massa.

Virou também empresa de publicidade: recebe verbas da administração direta e indireta, para “divulgar programas dos Ministérios da Educação, da Saúde, da Cultura e da Igualdade Racial” e, de quebra, nas mesmas fontes, capta recursos para realizar “caravanas da cidadania, realizar jogos estudantis e ciclos de debates.”.


Desde 1995, segundo o site “Contas Abertas”, a UNE espremeu das tetas governamentais R$ 44 milhões, fora os R$ 30 milhões repassados por Lula.
Como a UNE toma o leite premido está sendo motivo de auditagem pelos órgãos de contas: o Ministério Público Federal identificou, nas despesas da entidade, “notas frias e gastos com restaurantes de luxo e bebidas importadas”.

A garimpagem das peripécias fez a Procuradoria-Geral do Ministério da Fazenda cobrar providências da UNE para regularizar suas prestações de contas e, como esta não se conseguiu justificar, foi lançada no Cadastro Informativo de Crédito não Quitados do Setor Público Federal, o CADIN.

A UNE reage às denúncias alegando que tudo não passa de armação da “grande mídia”, o que não é uma exceção de defesa, pois o MPF e o CADIN não são órgãos da “grande mídia”. Além do mais, o movimento estudantil não se deve atrelar ao governo, seja ele de esquerda, direita, ou centro.

Parece que naquele ditado do Sérgio Porto, “de que tínhamos que restaurar a moralidade ou nos locupletarmos todos”, a segunda opção está tomando conta da República.




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