segunda-feira, 5 de setembro de 2011

05 de Setembro "Dia da Raça"

Você está convidado a acompanhar um passeio ao longo do tempo, fazendo parada na década de 50, os “anos dourados”.

Eram tempos em que não havia computadores nem televisão, e os bondes já não circulavam, dando lugar aos poucos ônibus. Era a assim na maioria das Cidades do nosso país que despertavam, estremunhada, para a vida trepidante de hoje. 

O entretenimento de seus habitantes ficava por conta da algumas rádio locais, e dos cinemas. Assim, os festejos da Semana da Pátria se constituíam eventos dos mais concorridos, destacando-se o desfile escolar do “Dia da Raça”, culminando com o militar, no dia 7 de setembro, Dia da Independência.


Recuando bem mais no tempo, ora invocam-se dados históricos da Independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro I, no dia 7 de Setembro de 1822. O brado de “Independência ou Morte!” ocorreu às margens do riacho Ipiranga, quando Dom Pedro viajava de Santos para São Paulo, ao tomar conhecimento de uma segunda carta do Reino de Portugal, reiterando a ordem para que voltasse a Portugal, e anulando a convocação da Assembléia Constituinte feita por Dom Pedro. Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os EUA, em 1824, e o México, em 1825. Portugal também haveria de reconhecer, mas exigiu uma “indenização” de dois milhões de libras esterlinas. Como não dispunha dos recursos, Dom Pedro tomou emprestado da Inglaterra. Assim, a independência política do Brasil o fazia dependente, economicamente da Inglaterra. Começou então a divida externa brasileira...

Retornando-se ao passado recente, vale lembrar a criação do “Dia da Raça”, que motiva o desfile do dia 5 de Setembro. Foi alicerçada em um amplo projeto de nacionalização cultural, com a criação da Comissão Nacional do Livro Escolar, em 1938, que promoveu a reforma das obras didáticas. 

Com a força do Estado Novo de Getúlio Vargas, tornaram-se obrigatórios nas escolas primárias, secundárias e normais, os ensinos cívicos e a prática da educação física. O nacionalismo era exortado com desfiles que marcassem festivamente a Semana da Pátria.


Nas grandes Capitais Brasileiras, o desfile do “Dia da Raça” sempre foi um importante evento, na primeira metade da década dos anos 50, quando quase todas as cidades se movimentavam para ver o desfile daqueles jovens, a transmitir alegria e entusiasmo, infundindo a esperança no público que os aplaudia. Alguns de vocês, certamente lembram dos colégios que ostentavam em seu contingente mais de 100 tambores e clarins em suas bandas marciais, e vários “pelotões”, com seus componentes impecavelmente uniformizados. Grandes ou pequenos, todos os colégios empunhavam a Bandeira Nacional, anunciando o vigor de uma juventude que esperava o melhor para o Brasil. 

Mesmo reconhecendo que a Nação Brasileira ainda é dependente de um capital que não atende às necessidades plenas da educação e da saúde pública, dentre outros compromissos do Estado, o jovem de ontem ainda confia na Independência do Brasil.

A raça brasileira teve sua origem na miscigenação de índios, negros e brancos e, posteriormente, no entrelaçamento destes com todos os imigrantes alemães, italianos, japoneses, libaneses, holandeses, turcos, sírios, chineses, poloneses, coreanos etc. - que fincaram suas raízes, no solo brasileiro, enriquecendo-o em todos os sentidos.
"Considero-me estrangeiro em qualquer país, alheio a qualquer raça. Pois a terra é minha pátria e a humanidade toda é meu povo." (khalil Gibran)

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