Um exemplo das consequências da intolerância religiosa e da religião na política. |
Em primeiro lugar
vamos comentar o que é um país laico, o Brasil é (e espero que continue a
ser) um país laico, em que todos possam ser livres para escolher a sua
religião.
ESTADO LAICO
Um Estado secular ou estado laico é um conceito do secularismo onde o Estado é oficialmente neutro em relação às questões religiosas,
não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. Um estado secular trata
todos seus cidadãos igualmente, independente de sua escolha religiosa, e
não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. Estado
teocrático ou teocracia é o contrário de um estado secular, ou seja, é um estado onde há uma única religião oficial (como é o caso do Vaticano e do Irã).
O Estado secular deve garantir e proteger a liberdade religiosa e filosófica de cada cidadão, evitando que alguma religião exerça controle ou interfira em questões políticas. Difere-se do estado ateu - como era a extinta URSS
- porque no último o estado se opõe a qualquer prática de natureza
religiosa. Entretanto, apesar de não ser um Estado ateu, o Estado Laico
deve respeitar também o direito à descrença.
TEOCRACIA
Já no estado teocrático uma religião Teocracia (do grego Teo: Deus + kratos: governo) é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião.
O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos
clérigos de uma religião: os governantes, juízes e demais autoridades
podem ser os próprios líderes religiosos (tal como foi Justiniano I) ou podem ser cidadãos leigos submetidos ao controle dos clérigos (como ocorre atualmente no Irã, onde os chefes de governo, estado e poder judiciário estão submetidos ao aiatolá e ao conselho dos clérigos). Sua forma corrupta é também denominada clerocracia.
Exemplos atuais de regimes desse tipo são o Vaticano, regido pela Igreja Católica e tendo como chefe de Estado um sacerdote (o Papa), e o Irã, que é controlado pelos aiatolás, líderes religiosos islâmicos, desde a Revolução Islâmica, em 1979 e Israel que é oficialmente um Estado judeu.
Ora, qualquer um que professe uma religião tem o direito de agir de
acordo com as suas crenças, e os líderes religiosos tem o direito, e
diríamos até mesmo o dever de orientar e estabelecer normas de conduta
para os praticantes da sua fé. Desde que os membros da igreja professem a
sua fé de livre e espontânea vontade.
O que é inaceitável e inadmissível é que uma determinada religião queira
impor a ferro e a fogo as suas crenças, os seus costumes e a sua forma
de agir aos praticantes de outras religiões e até mesmo aos que não
professam religião alguma. O Brasil é um país em que a liberdade
religiosa tem sido respeitada há séculos, não podemos aceitar imposição
religiosa de quem quer que seja.
Existem algumas correntes evangélicas no Congresso Nacional e fora dele
que estão tentando controlar a imprensa, a política e até mesmo o
judiciário com o objetivo de impor a sua religião e as suas crenças a
todos os brasileiros, estão tentando até mesmo controlar e modificar
decisões do Supremo Tribunal Federal com as quais não concordam, Clique aqui e veja a notícia. Não podemos entregar o Brasil nas mãos de fanáticos religiosos, cegos pela ambição e sedentos de poder.
Se permitirmos, no futuro podemos perder o direito de escolhermos
livremente a nossa religião, e não é só isso, podemos perder o direito à
liberdade de escolhermos como viver a nossa própria vida, de como nos
comportar e nos vestir, do que beber e comer, e até mesmo o direito de
formar a nossa família e educar os nossos filhos de acordo com a nossa
fé e os nossos costumes.
A história da humanidade prova que todas as vezes que a religião
controlou o Estado e a política o resultado nunca foi bom, os religiosos
geralmente se consideram os donos da razão e da verdade, e isso na
concepção deles, lhes dá o direito de mandar na vida alheia e de impor
as suas crenças aos outros por bem ou "na marra". A História e os fatos
nos mostram isso através de "exemplos" como a inquisição da Igreja
Católica, os tribunais Islâmicos e a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) travada entre Católicos e Protestantes.
Não sei quanto ao resto da população brasileira, mas eu quero continuar a
ter a liberdade de escolher a minha própria religião, de escolher o meu
modo de vida, a liberdade de poder educar os meus filhos de acordo com
as minhas crenças e o meu modo de ser, e a liberdade de pensar e de me
expressar sem me preocupar com o que algum fanático religioso possa
pensar e como vai agir contra mim a minha família só porque não pensamos
igual a ele.
O povo brasileiro é um povo trabalhador e ordeiro, por isso pacífico. No
entanto com certeza absoluta a maioria do nosso povo não aceitará ser
escravizado e sujeito a nenhuma religião ou seita. No decorrer da
história a grande maioria das guerras no mundo teve como causa a
intolerância e as diferenças religiosas, são inúmeros no mundo os países
divididos pela religião, em que irmão mata irmão em nome de Deus.
Que Deus nos proteja e defenda o nosso país da intolerância, da ditadura e da guerra religiosa.
Lembrem brasileiros: O preço da liberdade é a eterna vigilância.
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